quarta-feira, 6 de julho de 2011

Javalismo não é javardismo

Pois...devo complementar a sumária apresentação que o nosso webmaster fez do Javali Sentado. Os perspicazes e inenarravelmente poucos leitores que nos acompanharam na fase democrática do 2+2=5 penaram o suficiente com o desmoronamento das alas da liberdade. Não queremos que sofram mais com contendas espúrias, falsos debates, insularidades, demência continuada e puro e simples mau gosto.

Assim, engendrámos uma solução alegre. Fundamos ideologicamente o blogue na disciplina libertária do Javali, Javalismo, e acrescentamos um programa de acção. Ao Javali Sentado soma-se o subtitulado ‘espremendo laranjas’, junta-se gelo, agita-se, e aí vamos nós... SCREW DRIVER.

Queremos contribuir, ajudar, participar na resolução dos problemas de Portugal, qualquer que seja o espelho da governação: Bielorússia, Zimbabué, Madeira, Albânia, o Paraguai de tantos e tão bons exemplos, qualquer seja o ‘issue’: finanças, economia, grandes códigos, espaços verdes, relações internacionais, relações inter-freguesias, lazer, educação, cultura, saúde, obras públicas. O que for. Estamos sentados...mas muito empenhados.

Porque não iniciar a logosfera pelo Verbo. Passos Coelho- e ainda dizem que a providência foi para Paris estudar Filosofia- tem um assessor para assuntos económicos de seu nome Carlos Moedas. Ecco.
Uma de duas vias se abrem nesta pose muito sui generis de representação política pós-pós-pós moderna.
A primeira opção consiste em escolher pessoas cujos apelidos coincidam com as pastas. Admitimos que é difícil ou então o executivo seria quasi Alentejano. A segunda via, tradicionalista, radica na atribuição de cognomes. Por exemplo, D. Dinis, o Lavrador; D. Xico, o Torresmo.

Neste momento difícil da nossa vida colectiva e da nossa dívida particular, precisamos de uma gesta tipo 12 Indomáveis Patifes. Moedas...fica com os dinheiros. Francisco José Viegas- estoutro merecedor da minha particular admiração pela luta sem quartel contra a peçonha da esquerda anti-semita- não levará a mal se o designarmos por Francisco Letras ou Francisco Pincel.
E que tal uma Assunção Arado na Agricultura? Miguel Mete Medo na Administração Interna? Gaspar Default nas Finanças? Paulo Desfibrilador na Saúde? Enfim, é uma sugestão, um contributo.

Uma outra ideia vem do Oriente. Para assinalar o nonagésimo aniversário do estabelecimento do PCC, corre uma campanha de recuperação das ditas “Red Songs”. O principal promotor desta moda é o mais bem sucedido dos princelings do partido-estado, Bo Xilai, patron do mega-município (30 milhões) de Chongqing. Bo é filho de um dos Imortais da Longa Marcha, Bo Yibo.

Segundo a colorida Imprensa chinesa, a menos colorida desdenha a iniciativa, há resultados espectaculares no recurso às velhas canções maoistas. Um sujeito atormentado por gota, e entrevado, desatou a andar mal entoou as primeiras notas do East is Red; um restaurateur à beira da falência viu sua loja de Sopa de Fita encher-se de glutões. Já se percebeu a ideia. Em Portugal, como seria? O Zé, lugar geométrico do Português Suave, enfrenta os cobradores com ou sem fraque de manguito na mão e Grândola na garganta. NÃO PAGO. IDE PEDIR ao JAVALI SENTADO.
Enfim, é uma sugestão, um contributo.

JSP aka xiconhoca.come

1 comentário:

  1. Não é por acaso que chamaram a D. Dinis, o Lavrador, ele nunca pegou numa enxada (o pinhal Leiria é um mito, ele não teve nada com isso), é o delírio luso: de não bater a bota com a perdigota. Então quando o que nós precisamos é de notas, vão escolher um Moedas? querem salvar o país ou trocos para a EMEL (partindo do princípio de que se usam ainda moedas e não notas nos parquímetros, há muito tempo que não vou a Lisboa).

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