quinta-feira, 21 de julho de 2011

Duas ou três coisas sobre o eduquês

O ministro, já ministro, promove o seu livro em feiras. Sentido comercial que fica bem à Gradiva, mas não ao ministro, que ataca o eduquês e vende.
O eduquês é bom senso que, como diria Descartes, não se deve confundir com senso comum.
Se um professor tem 30 alunos numa turma e só tem 2 positivas o problema não deve ser dos alunos; sobretudo se estes tiverem classificações razoáveis no conjunto das outras disciplinas.
O professor que ensina tem de saber tanto da disciplina que lecciona, como tem de saber do aluno a quem ensina, para além de ter de saber de si.
A Matemática, com ou sem calculadora, é um caso bicudo. No filme da Cavani, sobre Galileu, os alunos batiam palmas quando ouviam falar das demoníacas matemáticas.
Se a mais racional das disciplinas tem uma taxa brutal de insucesso e rejeição, isso deve-se ao Crato, aos seus discípulos, aos seus mestres, e, a uma indústria de explicações que vem do fundo dos tempos e vive à custa do insucesso escolar.
O eduquês é bom senso, não é senso comum.

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