O aroma antes
Sangue o silêncio afluente
Nas entrelinhas o corpo húmido
Dedos se espraiam dentro
A mão desfaz-se em ancas e colinas e seios
O olhar retido na magia da carne a deslaçar em nós de silêncio
A noite dentro ardendo de uvas que estalam
De frutos estão os aromas
As uvas a mulher macieiras
Haverá gramáticas um lirismo de cá
Dos frutos os cantos se fizeram
De amores os anos e a ilha
Peixes sem eito refractários a qualquer interior na outra ordem que ordena
A impedir que de palavras
Se fabriquem aromas
Os dedos vadios
O destino no inominável vital
Deslocalizadas na aragem as pedras falam
Fora parece ontem encadeamentos
Inclassificável a porta calada
A cal a preto pão da planície soprado na noite que sobe?
Emílio Navarro Soler
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